sexta-feira, 8 de março de 2013

8 de Março: Dia Internacional de lutas das mulheres por emancipação e igualdade

Mais do que um dia de celebrações, de ganhar flores, jantares e outros mimos, o dia 8 de março é uma das datas mais importantes na luta pela igualdade no mundo: é o Dia Internacional de Luta das Mulheres.

Sua origem traz à memória a luta das operárias têxteis russas, que entraram em greve em um dos primeiros eventos que culminaram na Revolução Socialista de 1917.  Outro fato muito difundido sobre a origem desta data, em que as mulheres operárias foram queimadas durante uma greve em Nova York em 1857, carece de registros históricos.
De qualquer forma, 8 de março é uma data que nos lembra a resistência das mulheres frente à opressão e pela igualdade de direitos. E, fundamentalmente, nos indica o caminho para a superação do machismo na vida cotidiana.
No último século, a mulher conseguiu importantes avanços sociais, como, entre outros, o direito ao voto, conquista de espaço no mercado de trabalho e na política, inclusive atualmente no comando de nações como  Alemanha, Argentina e Brasil, entre outras.
Entretanto a situação de grande parte das mulheres no mundo ainda é muito difícil. Casos de estupros, violência doméstica, restrição à vida social, imposição de forma de se vestir e se comportar, proibição de frequentar escola sob risco de serem apedrejadas ou fuziladas, ainda fazem parte da dura realidade das mulheres em muitas regiões do planeta.
O Brasil é um país que ainda discrimina brutalmente as trabalhadoras quando não paga salários equivalentes aos dos homens, quando não oferece os mesmos espaços nas direções. Discrimina, sobretudo, na violência sofrida no dia a dia no ambiente de trabalho, nas escolas, nos momentos de lazer e no próprio lar.
Violência não somente física, mas em simples comportamentos que a colocam em situação de inferioridade. De uma forma geral, achamos normal que as mulheres sejam as únicas responsáveis pelas tarefas domésticas e pela educação dos filhos. Também achamos normal que propagandas, músicas, programas de televisão e humoristas retratem a mulher como simples objeto sexual e/ou intelectualmente inferior ao homem.
O machismo arraigado na sociedade coloca, assim, todas as mulheres em situação de opressão, mesmo que velada.
Auditoras-fiscais observam avanço na condição da mulher no mercado de trabalho e na política, mas destacam a necessidade de avanços sociais.
 “A mulher está conquistando o espaço que ela merece. Hoje ela ocupa espaços de destaque na política e no mercado de trabalho porque é mais dedicada e comprometida que os homens”, destaca a Auditora-fiscal Cleide Moreira Ávila (ALF/Viracopos). Para ela as mulheres começaram ir a luta para sustentar a família é hoje muitas são as principais responsáveis pelo sustento da casa. “Primeiro foi por necessidade e agora, elas estudam cada vez mais e estão inseridas em todos os espaços, inclusive temos a primeira mulher presidenta da república. Ninguém segura as mulheres”, comemora.
A Auditora-fiscal Mariane Horner S. Botelho (DRF/Campinas) destaca que aconteceram muitos avanços, considerando que as mulheres começaram lutando pelo direito ao voto e hoje ocupam espaços de liderança tanto na política como no mundo do trabalho. Entretanto, ela aponta que estas conquistas tiveram um alto preço. “A mulher teve de se masculinizar muito para se adaptar ao mercado de trabalho. Muitas abrem mão de ter filhos para poder ter uma carreira”, analisa.
Para Mariane, a insuficiência de políticas públicas voltadas à mulher limita o alcance de suas conquistas, principalmente para as de menor renda. “As deficiências nos serviços de saúde e transporte público, por exemplo, sacrificam mais as mulheres, em especial as de renda mais baixa, que dependem desses serviços. Elas perdem muito tempo se deslocando para o trabalho e ainda enfrentam uma segunda jornada quando chegam a suas casas. E quando adoecem têm dificuldade em conseguir atendimento especializado. Os que existem são insuficientes”, observa.
Na opinião da Auditora-fiscal Tereza Cristina Cascaldi Salgado (DRF/Jundiaí), existem muitos pontos a comemorar. Ela destaca que hoje existe um grande número de mulheres que são provedoras da família e que há mais atenção da sociedade nos casos de violência contra a mulher. “A mulher ganha espaço e importância ao mesmo tempo em que preserva sua sensibilidade. Além da maternidade, hoje, em muitos casos, somos responsáveis pelo sustento da família. O homem deve respeitar e valorizar a mulher e não a enxergar como rival”, comenta.
Já Auditora-fiscal Rosa Maria Schenkel (DRF/Jundiaí) afirma que é contra uma data específica dedicada as mulheres, mas ressalta a importância de se destacar a luta por igualdade. “A mulher tem o mérito de sair às ruas para conquistar seus direitos básicos que não tinha há alguns anos atrás”, diz.
Por fim, a Auditora-fiscal Laura Silva Araújo, lembra que após criar três filhos, foi cursar faculdade aos 51 anos de idade, se formando aos 56. Aposentada depois de trinta anos de trabalho na Receita Federal, ela deixa um conselho às mulheres. “Ser mulher é uma coisa maravilhosa. Todos os dias é dia da mulher. Por isso temos de viver a vida”, diz.
Assim, reconhecendo a necessidade de superar, a cada dia, a cultura machista que ainda marca a nossa sociedade, a Diretoria da DS Campinas/Jundiaí parabeniza todas as mulheres, em especial as Auditoras-fiscais da Receita-Federal pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres.

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