segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Entrevista com José Carlos Rossetto

Novo presidente da DS Campinas/Jundiaí, José Carlos Rossetto aponta desafios para a próxima gestão


A Chapa “Transparência e Ação”, única inscrita para disputar a eleição para a Diretoria Executiva da DS Campinas/Jundiaí, recebeu 187 votos (87,2% dos 226 votantes) e irá assumir em janeiro próximo para o biênio 2012 – 2013.
A nova diretoria eleita tem como Presidente o Auditor-fiscal aposentado José Carlos Rossetto, que na atual gestão ocupa o cargo de Vice-Presidente da DS Campinas/Jundiaí.
Rossetto tem uma longa trajetória na Receita Federal, atuando na área aduaneira por mais de 20 anos.
No Sindicato, o próximo presidente atua desde 2003, tendo ocupado a presidência da DS Campinas no período de 2005 a 2007
Veja na entrevista abaixo quais as perspectivas e principais desafios para a próxima gestão, apontados pelo presidente eleito da DS Campinas/Jundiaí


Ação Sindical: Você poderia fazer um histórico de sua atuação como Auditor-fiscal da Receita Federal?

Rossetto: Fui admitido no Serviço Público Federal através do concurso de FTF de 1976, tendo assumido em setembro de 1978, após curso na ESAF, de abril a junho de 1978, e, estágio probatório na DRF de Ribeirão Preto e Alfândega de Viracopos.
Na Alfândega de Viracopos exerci todos os cargos inclusive o de Inspetor. Participei de vários grupos de trabalhos para elaboração de estudos e normas aduaneiras, bem como, a informatização das alfândegas. Prestei serviços às SRRF (7ª E 8ª) e COANA em Brasília
           
Ação Sindical: Você já esteve em outras gestões à frente da na DS Campinas/Jundiaí. Você poderia falar sobre estes períodos?

Rossetto: Embora tivesse participado de diversos movimentos a partir da década de 80 só iniciei uma participação formal na diretoria da DS de Campinas/Jundiaí a partir da gestão de 2003/2005 como tesoureiro, 2005/2007 como presidente, e, na gestão atual, inicialmente como Secretário e depois como Vice-Presidente.  A gestão 2003/2005 foi marcada pela mudança de planos quanto ao ideário de construção da nossa sede própria, quando, aproveitando o momento de grande desvalorização dos imóveis em Campinas, a categoria decidiu pela compra da casa que ainda hoje é a nossa sede. Neste período, também, já se prenunciavam  problemas que aprofundaram durante a gestão 2005/2007 no tocante aos servidores lotados na Alfândega de Viracopos quanto à segurança funcional e pessoal, causando sérias conseqüências sentidas até hoje em maior ou menor grau para muitos deles.

Ação Sindical: Na atual gestão, você ocupa o cargo de vice-presidente. Qual o balanço você faz do período que se encerra?

Rosseto: O período que ora se encerra foi marcado principalmente pela perfeita sintonia da 1ª diretoria formada por servidores oriundos da previdência e receita federal, com total interação, principalmente sob a presidência do PM, quando nos pautamos pela defesa dos interesses da categoria e aguerrida disposição de luta na guarda das atribuições dos AFRB com posicionamento firme, porém respeitoso. Tivemos também participação efetiva nas questões jurídicas, inclusive com a eleição de nosso diretor jurídico como representante da 8ª RF para o Conselho Curador,  com propostas e iniciativas de repercussão para toda a categoria.

Nesta gestão, entre outros fatos administrativos estão sendo elaborados os projetos para reforma da nossa sede, com o auxílio de comissão de colegas que trabalharam voluntariamente para tal, ora em aprovação pela Prefeitura de Campinas.
A locação de imóvel para atendimento dos associados de Jundiaí e a implementação da comunicação com a contratação de jornalista e criação de jornal, site e blog, também podem ser considerados destaques.

Ação Sindical: Quais são os principais projetos para a próxima gestão?

Rossetto: Para a próxima gestão temos metas naturais, como a defesa de nossas atribuições, luta pelos diversos projetos discutidos no congresso favoráveis aos aposentados, pensionistas e a categoria em geral, defesa jurídica, etc.
Reformar a nossa sede e buscar uma maior aproximação com a categoria criando condições para uma participação efetiva de todos, incentivar o voluntariado e campanhas de inserção social.

Ação Sindical: No primeiro ano do governo de Dilma Roussef os servidores públicos, em especial os Auditores-fiscais, tiveram algumas derrotas políticas, como a não concessão de reajuste salarial, a ofensiva para a aprovação do PL 1992/2007, que dispõe sobre aposentadoria complementar; e a exclusão da Receita Federal do Plano Nacional de Fronteiras, entre outras iniciativas que atentam contra a autonomia e autoridade dos Auditores-fiscais.
Diante deste quadro político, quais são, em sua opinião, os principais desafios a ser enfrentados pela categoria no próximo biênio?

Rossetto: Acredito que a conscientização da categoria quanto à importância de sua atividade para a defesa da sociedade é um dos caminhos para o enfrentamento das dificuldades que encontraremos pela frente. Quando sabemos o que somos, a importância do que fazemos, as idéias ficam mais claras e as pessoas se dispõem a lutar em defesa dos interesses, sejam eles próprios ou do bem comum.

Ação Sindical: Na eleição nacional do Sindifisco, a Chapa 1, do atual presidente Pedro Delarue, saiu vitoriosa. Qual avaliação você faz da atual Diretoria e qual será a postura da DS Campinas/Jundiaí com relação à próxima Diretoria Executiva Nacional (DEN)?

Rosseto: A passividade diante do avanço da administração sobre as atribuições dos AFRB, com o incremento de controle e metas com patamares sempre mais elevados sob o mito de pretensa modernização administrativa, o uso cada vez mais intenso da tecnologia e “mecanização” das atividades sem preocupação dos seus impactos sobre os auditores e demais funcionários, é a marca da administração da atual DEN nos últimos quatro anos e que deverá continuar no próximo biênio.

A nossa DS que tem se pautado pela denuncia deste modelo administrativo imposto pela RFB, continuará no mesmo diapasão, alertando e cobrando a postura necessária da DEN contra estas distorções.

A falta de clareza quanto aos meios para atingirmos os nossos objetivos, por exemplo, extensa gama de reivindicações na nossa pauta de campanha salarial, e , a falta de transparência nas questões jurídicas são características da DEN que devemos combater por resultados concretos e credibilidade do nosso sindicato, entre tantas outras questões.

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