sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

DS Rio também questiona matéria publicada no Boletim informativo sobre debate com a DEN (Parte 1/2)

Assim como a DS Campinas, a DS Rio também viu suas críticas à condução da campanha salarial omitidas do Boletim Informativo do Unafisco. É o que revela o boletim nº 252, da DS Rio, publicado hoje (1º/2), que reproduzimos na íntegra, porém em duas etapas. Na primeira parte, leia as críticas feitas por colegas da DS Rio à campanha salarial, sobretudo quanto ao abandono da pauta reivindicatória e à postura da DEN diante das posições do Secretário da RFB no episódio:

A diretoria da DS/RJ considera necessário complementar a matéria do Boletim Informativo da DEN, de 31 de janeiro, intitulada "Presidente da DEN debate com colegas do Galeão", a qual se reportou ao debate sobre a condução e os rumos da Campanha Salarial ocorrido no dia 30/01. Além do presidente Pedro Delarue e dos Auditores do Aeroporto do Rio, a reunião contou também com a presença do diretor de Relações Internacionais da DEN, Robson Canha.

Está rigorosamente correta a afirmação do diretor Robson Canha, veiculada na matéria citada, de que os colegas do Aeroporto do Rio de Janeiro demonstraram elevado interesse no encontro e revelaram disposição de participar ativamente de uma possível greve. Contudo, foram ignoradas na matéria as críticas apresentadas à condução da Campanha Salarial até o momento. Como resumiu um Auditor presente à reunião, a Direção Nacional precisa ouvir e considerar as divergências se quiser garantir a necessária unidade, sendo os que dela discordam, além de indispensáveis, os que mais podem contribuir para uma eventual correção de rumos.

As manifestações de apoio, que também ocorreram, corroboram a estratégia da DEN fartamente apresentada nos boletins. Já as principais divergências, ignoradas, podem ser resumidas abaixo:

1 - A DEN não respeita integralmente as deliberações da Assembléia Nacional, que impôs, para a campanha conjunta com as outras entidades, a condição de que todas defendessem a mesma pauta, especialmente idênticos percentuais de reajuste salarial. Entretanto, o Unafisco vem mantendo a campanha conjunta com o Sindireceita, apesar dessa entidade reivindicar explicitamente uma aproximação entre a remuneração de Auditores e Analistas, com o objetivo que todos nós conhecemos. A diretoria da DS/RJ acrescenta que, embora desejável, uma ação conjunta com o Sindireceita não pode ser perseguida com risco para a unidade dos auditores, a qual é ameaçada sempre que as suas instâncias deliberativas são desrespeitadas. Ademais, a postura do Sindireceita demonstra ser improvável uma greve conjunta.

2 - A DEN abandonou a luta pela nossa pauta reivindicatória, aprovada em Assembléia Nacional , passando a admitir como teto das negociações a imprecisa e insuficiente “proposta” do governo.

3 - A DEN abriu mão de uma verdadeira mobilização da categoria. Entre uma e outra reunião com o governo, prazo após prazo, a Diretoria Executiva Nacional propôs paralisações, assim como propôs suspendê-las em seguida, num mal sucedido blefe que demonstrou fragilidade ao governo e, internamente, colocou em risco a credibilidade desse importante instrumento de luta.

4 - A crítica mais contundente foi em relação à postura da DEN frente ao posicionamento do secretário da Receita Federal. Os colegas não externaram apenas a frustração de ver que o dirigente máximo do órgão não cerra fileiras junto aos demais Auditores, conforme a matéria do boletim nacional. Consideram ter sido o secretário um dos principais obstáculos à negociação, mormente ao opor resistência à remuneração sob a forma de subsídio e ao introduzir a discussão de critérios mais restritivos à promoção e progressão, tema alheio à nossa campanha e no qual a DEN embarcou sem oposição. Os colegas não concordaram com a afirmação dos representantes da DEN de não ser importante a posição do secretário, uma vez que o seu apoio, à semelhança do que ocorre na Polícia Federal, poderia ser decisivo no sucesso do nosso pleito. Por isso, acham, no mínimo, incompreensível a DEN ter omitido que o Sr. Jorge Rachid, em uma das reuniões com o Governo ( a partir da qual nada foi para frente), declarou que o subsídio conflitava com o Propessoas.

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