terça-feira, 13 de novembro de 2007

Se a greve aqui é assim, imagina na França...

Na França, uma greve sacode o país, por conta da suspensão de regimes especiais de aposentadoria, que envolvem 1,6 milhão de trabalhadores, sendo 500 mil de contribuintes na ativa. No total, representam 6% dos custos de pensões da Seguridade Social daquele país.

São cerca de 15 regimes especiais, incluindo a Marinha, os mineiros, os servidores civis, a Assembléia Nacional, o Banco Central e o Senado, a Ópera de Paris e o tricentenário teatro da Comédie-Française. A propósito, o regime da Ópera parisiense data de 1698, o da Marinha, de 1709.

Com a criação do Regime Geral de Seguridade Social na França, em 1945, os beneficiários desses regimes decidiram conservá-los, seja por serem mais vantajosos ou mais adaptados ao caráter penoso ou à periculosidade de algumas dessas carreiras.

O mais poderoso desses regimes, no entanto, é o dos ferroviários, que remonta a 1855. A atual presidente da estatal SNCF (que administra as estradas de ferro), Anne-Marie Idrac, assegurou seu "engajamento total à negociação" que é, segundo ela, a "única coisa que permite sair desse conflito".

Questão de classe - Questionada sobre a reação da categoria à reforma, a executiva afirma que os ferroviários a "vivem como uma ruptura do contrato moral que os liga à empresa" e que, como presidente dos ferroviários , ela se ressente dessa ruptura da mesma forma.

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