1. O próprio texto afirma, em sua primeira frase, que as reuniões tinham por intuito “debater a campanha salarial”. No entanto, nada se lê nos parágrafos seguintes sobre o teor desse debate.
2. Os auditores presentes mostraram-se divididos, quanto à condução da campanha salarial, que foi objeto tanto de elogios e apoios quanto de duras críticas. De um lado, uns crêem que a negociação ocorreu de forma apropriada e no tempo certo. Outros atribuem aos negociadores “falta de firmeza” e “vacilações” durante todo processo. Provas disso, segundo argumentos levantados nas discussões, foram o abandono da pauta reivindicatória e notadamente: a) da tabela aprovada em assembléia, desde o primeiro momento, sem nenhuma garantia por escrito e aceitando como justo o pior cronograma de reajustes, a saber o conferido à Advocacia-Geral da União; b) da inclusão de temas alheios ao debate e trazidos pelos representantes do governo, como a manutenção de metas e avaliações para a progressão funcional e c) da extrema condescendência, que beirou à adesão aos argumentos e dificuldades apontadas pela outra parte — votação da CPMF, recesso parlamentar, orçamento da união, etc. — motivos esses, o tempo veio a provar, que não foram suficientes para impedir maiores avanços na negociação de outras categorias, como a Polícia Federal e a AGU.
3.Outro ponto de controvérsia foi quanto aos rumos a serem tomados de agora em diante, em especial no caso de greve. Aos representantes da DEN foram apontadas, entre outras, as seguintes necessidades: a) reformulação do comando nacional de greve, com a presença majoritária de representantes da base; b) valorização das instâncias de decisão para construção da unidade; c) Publicação no site do Unafisco da antecipação de tutela obtida para melhor análise sobre sua validade e que garantias ela ofereceria até hoje no caso de uma eventual greve.
4. Sobre o cronograma do movimento paredista, diferentemente do que foi publicado no boletim informativo, que afirma categoricamente que “os colegas acham que não dá mais para esperar uma resposta do governo e defendem que devemos nos preparar para entrarmos em greve no final de fevereiro”, a tônica do debate foi bem outra. Não houve qualquer deliberação. Aproveitamos o encontro tão-somente para tomar conhecimento que a DEN propõe o início da greve entre o final de fevereiro e início de março e, iremos, como foi dito claramente, aprofundar o assunto em assembléia local e, então, levar a posição da categoria ao Conselho de Delegados Sindicais.
5. Por fim, se é verdade que alguns dos presentes elogiaram a visita à Delegacia Sindical, por outro lado, é absolutamente equivocado atribuir aos colegas de Campinas a opinião de que consideram tal iniciativa uma novidade. Acreditar nisto e publicar em Boletim de alcance nacional significa a tentativa de apagar a história dos muitos movimentos reivindicatórios da categoria, inclusive o vitorioso movimento de 2006, quando houve 5 meses de preparação e dezenas de visitas prévias às localidades, inclusive Campinas.
Solicitamos a publicação desta nota no Boletim Informativo Nacional, na íntegra.
Campinas, 30 de janeiro de 2008.
DIRETORIA DA DS CAMPINAS
Campinas, 30 de janeiro de 2008.
DIRETORIA DA DS CAMPINAS
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